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Aulas suspensas em escola de Cubatão após infestação de “piolhos de pombo”
Ácaros associados às aves provocaram coceira em alunos e funcionários. A Prefeitura de Cubatão (SP) não informou o número de casos nem a data de retorno das aulas, mas garantiu que o conteúdo será reposto.
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- Gabriel Novaes
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A Escola Municipal Padre Manoel da Nóbrega, em Cubatão (SP), suspendeu as aulas na última terça-feira (9) depois que alunos e funcionários relataram picadas de “piolhos de pombo” — ácaros hematófagos associados às aves.
Em comunicado enviado aos pais, a direção classificou o caso como uma “possível infestação”. A Prefeitura não detalhou quantas pessoas foram afetadas nem informou a data de retorno das atividades, mas assegurou que o conteúdo perdido será reposto.
Imagens obtidas pelo g1 mostram acúmulo de fezes de aves no entorno da unidade e até mesmo nos vidros da escola. As aulas ainda ocorreram normalmente na manhã de segunda-feira (8), mas, no período da tarde, surgiram os primeiros relatos de picadas em estudantes e professores.
Ações de contenção
Segundo nota da Secretaria de Educação (Seduc), assim que o problema foi identificado, a Vigilância Sanitária, o Serviço de Zoonoses e o setor de Manutenção foram acionados. A desinfecção do prédio começou no mesmo dia e prosseguiu nesta quarta-feira (10).
Ainda de acordo com a apuração do g1, a escola já havia recebido denúncias em semestres anteriores sobre falta de limpeza, mas supostos procedimentos não teriam sido realizados. A Prefeitura, no entanto, negou a informação e afirmou que, há cerca de um mês, foram executadas ações de dedetização, desratização e desinfecção, quando também foram encontrados ninhos de pombos.
O que são os “piolhos de pombo”
Apesar do nome, os chamados “piolhos de pombo” são ácaros parasitas que se alimentam do sangue das aves. Quando os ninhos são abandonados, eles podem migrar para ambientes internos, como casas e escolas.
A dermatologista Maria Cristina Fernandes explicou ao g1 que os ácaros não permanecem no corpo humano como fazem com os pássaros, retornando a esconderijos após as picadas. Já a médica Rita Paioli ressaltou que eles podem se dispersar por meio de sistemas de ar-condicionado e causar coceira intensa, além de erupções cutâneas.
📌 Esta reportagem foi produzida pelo Diário da Baixada, com informações extraídas do portal g1.