Dados da Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (ABEBI) mostram que o Brasil já conta com mais de 1,2 mil escolas bilíngues. Em Alphaville, há opções de instituições que adotam esse modelo de ensino, como a Escola Internacional de Alphaville. Segundo Carlos Maffia Neto, diretor da unidade, a busca por esse tipo de formação tem crescido de forma constante, um movimento que ele considera natural.
"Atribuímos esse crescimento ao reconhecimento de mercado e das famílias, que enxergam na educação bilíngue um caminho seguro que prepara seus filhos para a admissão em universidades estrangeiras e para o mercado de trabalho altamente competitivo. Este aumento reflete a busca por uma formação que equilibra a excelência acadêmica e a apreciação por diferentes culturas", explicou.
Para Selma Moura, diretora brasileira da St. Nicholas School, as famílias vivem hoje em um mundo globalizado, no qual viagens, intercâmbios culturais e conexões profissionais em diferentes idiomas são cada vez mais comuns.
"Isso gera o desejo de oferecer aos filhos uma formação que os prepare para viver e trabalhar em qualquer lugar do mundo. Além disso, a imprevisibilidade do futuro faz com que os pais busquem ampliar as possibilidades dos filhos, desenvolvendo competências interculturais e linguísticas que serão essenciais em qualquer cenário".
Já Érica Constantino, coordenadora de ensino internacional no Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré, apontou como principais fatores desse aumento a importância do inglês como língua franca e a mobilidade acadêmica e profissional.
"Esse movimento não envolve apenas os estudantes; pais e responsáveis também buscam oportunidades globais, seja por meio de programas de pós-graduação, treinamentos corporativos, etc. Essa mudança geracional reforça o Ensino Bilíngue como um investimento no crescimento coletivo da família".
Aplicação nas escolas
A Escola Internacional de Alphaville define a educação bilíngue como um ensino que preserva o português como língua materna e integra o inglês em uma abordagem aditiva, ou seja, o inglês é incorporado ao currículo sem a substituição da língua nativa. Com base nesse conceito, a instituição destacou que o ensino é aplicado de forma integrada e abrangente na maior parte do currículo, de maneira transversal.
"Embora haja aulas específicas de língua, o inglês é ativamente o idioma de instrução em áreas como Ciências e Artes, e temos disciplinas específicas no Fundamental II, como Global Studies, ministrada em inglês, que expande a perspectiva global do aluno. Essa abordagem garante que o inglês não seja uma disciplina isolada, mas uma ferramenta de acesso ao conhecimento global", afirmou Carlos.
O Mackenzie Tamboré oferece o Programa Mack School, voltado a alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, que prepara os estudantes linguisticamente para o Programa Middle School dos Estados Unidos, a partir do 6º ano, e, posteriormente, para o High School, no qual conquistam dupla certificação.
"O ensino bilíngue no Mackenzie vai muito além da aprendizagem de um novo idioma; trata-se de formar estudantes capazes de se comunicar em diferentes variações linguísticas e contextos culturais. Como explica o linguista Jim Cummins (2000), 'a verdadeira educação bilíngue desenvolve simultaneamente a proficiência linguística e cognitiva em duas línguas'", destacou Érica.
Já a St. Nicholas School, instituição internacional de origem britânica, oferece aos alunos uma experiência de imersão completa na língua inglesa, semelhante à vivência em outro país.
"Desde os 18 meses até os 18 anos, os alunos são expostos ao inglês em todas as situações do cotidiano escolar, nas brincadeiras, leituras, projetos acadêmicos e atividades extracurriculares. Além disso, trabalhamos o desenvolvimento do inglês acadêmico de forma progressiva, preparando nossos estudantes para experiências universitárias no exterior com proficiência e confiança. Nosso objetivo é formar jovens competentes em, pelo menos, duas línguas, mas acreditamos que a educação bilíngue envolve também modos de pensar, agir e se relacionar em um mundo global, desenvolvendo uma mentalidade internacional e aberta ao diálogo entre culturas", ressaltou Selma.
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