Celebrando à Vida

PACIENTE DE COVID-19 MAIS IDOSA DO MARANHÃO RECEBE ALTA

Banana frita foi o primeiro desejo de dona Raimunda Ildefôncia ao chegar em sua residência no bairro Santa Rita, onde… [ ]

6 de junho de 2020

Banana frita foi o primeiro desejo de dona Raimunda Ildefôncia ao chegar em sua residência no bairro Santa Rita, onde a família tanto temeu não mais recebê-la. A idosa de 104 anos retornou ontem (05) cheia de vida, depois de exatamente um mês hospitalizada lutando contra o coronavírus. Por causa da dieta rigorosa o pedido foi negado, mas ela realizou outra grande vontade: saboreou mais uma vez açaí natural ao chegar em casa, um dos seus frutos preferidos.

A prole de 8 filhos, noras e genros, netos, bisnetos e um tataraneto que a família até demora para contar todos os herdeiros, agora curte a companhia da anciã que passou 30 dias sem nenhum contato com a família.

Antes da pandemia, dona Raimunda cercada por filhos, netos e bisnetos

“Um sofrimento porque ela estava sempre acompanhada, e, de repente, se deparou em um lugar onde não conhecia ninguém e por tanto tempo. Os médicos sempre explicavam e diziam que ela achava que nós a tínhamos abandonado. Levamos ela para a UPA, mas não sabíamos se ela ia realmente ficar internada, não deu tempo nem de explicar tudo”, relatou a bisneta Natália Ferraz, que mesmo com as orientações para o isolamento das pessoas do grupo de risco, precisava acompanhar a saúde de dona Raimunda.

Foi ela quem percebeu a fragilidade da bisavó, que sempre esbanjou saúde e muita lucidez, mas viu que era hora de pedir socorro. Até surgirem os sintomas da Covid, dona Raimunda apenas controlava a pressão arterial nos últimos anos.

“Eu cheguei para visitá-la e percebi que ela estava debilitada. Liguei para o Samu e o médico disse que eu precisava procurar o hospital mais próximo. Eu levei o raio-x que revelou que o seu pulmão estava bastante comprometido, mas até então ela não havia sido diagnosticada com a Covid-19. No entanto, como estava sentindo moleza, corpo febril e tossindo precisou ficar internada na sala amarela, pois seu quadro era estável, e ficou aguardando uma vaga pra sala vermelha, que é a semi UTI”, relembrou Natália.

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