O resultado das eleições deste ano trouxe um desafio para os prefeitos da região para garantir a chegada de projetos do governo federal e estadual para as cidades.
A saída do PSDB depois de quase 30 anos do governo estadual, e a volta do PT em âmbito federal, botará à prova o peso da articulação dos gestores, que evitaram entrar na campanha eleitoral no segundo turno.
O governo do estado foi vencido por Tarcísio de Freitas (Republicanos), que derrotou Fernando Haddad (PT), no segundo turno. Em Barueri, o prefeito Rubens Furlan (PSDB) apoiou a reeleição de Rodrigo Garcia (PSDB) e até o dia da votação tinha restrições à chegada de Tarcísio, candidato que foi apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Agora, Furlan deve ter na filha, a deputada estadual eleita Bruna Furlan (PSDB), que deixará a Câmara Federal para atuar na Assembleia Legislativa, a principal fonte para buscar uma aproximação com o governo estadual e trazer emendas ao município.
Entre as principais ações para a cidade está a entrega do hospital regional, principal obra do governo estadual e que é bancada em parceria com a prefeitura barueriense. A previsão é de que a obra seja concluída no primeiro semestre do próximo ano, mas há também os custos de manutenção, que dependerão do Palácio dos Bandeirantes.
Quanto ao governo federal, o caminho parece mais fácil. Furlan foi um dos únicos do PSDB a declarar apoio no presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT) durante o primeiro turno e tem boa interlocução com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
Santana de Parnaíba
Quem também poderia se aproveitar desse cenário é Marcos Tonho (PDT), prefeito de Santana de Parnaíba. No entanto, o cenário ainda é de incertezas.
Desde abril deste ano, Tonho faz parte do PDT, partido que apoiou Lula no segundo turno e que pode ter participação no novo governo, o que poderia atrair recursos para a cidade.
A troca do PSDB pela sigla trabalhista foi feita junto com o ex-prefeito Elvis Cezar, que disputou o governo do estado, e o deputado estadual Marmo Cezar. Apesar da posição da sigla, Elvis evitou se posicionar no segundo turno das eleições, assim como Tonho. Aliados na Câmara Municipal apoiaram Bolsonaro, e a cidade deu mais votos ao atual presidente do que a Lula.
Quanto ao governo do estado, Parnaíba não terá no próximo mandato a presença do deputado estadual Marmo Cezar (PDT), que não conseguiu se reeleger e deixa a Alesp em março. Sem essa interlocução, Tonho terá de alinhar com deputados de fora da cidade e estabelecer contatos com Tarcísio, candidato que foi duramente criticado por Elvis durante a campanha eleitoral.
Leia Também
PL suspende atividades partidárias e salário de Bolsonaro
STF encerra processo e Bolsonaro começa cumprir pena na sede da PF por tentativa de golpe
Defesa de Bolsonaro não apresenta novo recurso no STF contra sentença
STF: Moraes e Dino votam para manter prisão preventiva de Bolsonaro
Bolsonaro é preso preventivamente em Brasília pela Polícia Federal por decisão do STF
Pablo Marçal tem condenação à inelegibilidade revertida em segunda instância
Nova lei em Barueri mira falsificação de bebidas e reforça fiscalização
Trump parabeniza Lula e diz que negociações com Brasil prosseguem
Câmara de Santana de Parnaíba aprova receita do município estimada em R$2 bilhões para o próximo ano