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Especulado como possível candidato ao Senado em 2026, o ex-prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSB), deu um banho de água fria nos idealizadores do plano. Em discurso realizado na quarta-feira (26) na Câmara de Barueri, o ex-mandatário apontou descrença na disputa do cargo por causa do desencanto com a política nacional.
Após seis mandatos à frente da prefeitura, o nome do político voltou a ser sondado para a corrida eleitoral, quando serão eleitos dois senadores pelo estado de São Paulo. No discurso, Furlan ressaltou que quando entra em uma campanha eleitoral fala de coração, mas que não tem visto nesse posto a oportunidade de causar mudanças reais.
"As pessoas falam de futuras campanhas, Furlan senador. Não quero saber de nada, porque eu olho pra frente e o que vejo em Brasília, nos bastidores do estado, não é nada daquilo que eu entendo que pode resolver os problemas do nosso povo", afirmou o ex-prefeito.
"Não quero participar dessas coisas", completou. Furlan voltou a dizer que quando começou na política, na juventude, "tinha esperança de que iria viver o Brasil dos meus sonhos". "Passaram-se décadas e o Brasil dos meus sonhos não apareceu."
Apesar disso, o político afirmou que em Barueri foi diferente e que muitas coisas avançaram.
O discurso foi feito durante sessão solene pelo aniversário de 76 anos da emancipação de Barueri. No evento, Furlan foi um dos nomes a discursar antes da fala do atual prefeito, Beto Piteri (Republicanos). Na fala, Furlan também reforçou o apoio a gestão de Beto, homenageou antigos prefeitos, exaltou as conquistas da gestão e disse defender a harmonia entre os poderes.
Ter Furlan na disputa do Senado era um desejo que vem desde o partido, o PSB, e passa também pelos aliados do político na esfera municipal.
A corrida para o Senado, contudo, é complexa e envolve os acordos referentes às corridas nacional e estadual. Nesse sentido, há bolsonaristas pleiteando a vaga, além dos eventuais candidatos da esquerda.
Apesar de Furlan ser do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o ex-prefeito já declarou que quer apoiar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Tarcísio é cotado para disputar a presidência no lugar de Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente que está inelegível e que se tornou réu por conta da denúncia de tentativa de golpe de estado no dia 8 de janeiro.
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