O Banco Central dará início neste ano à capacitação de professores para que eles ensinem educação financeira a estudantes do 1° ao 9° ano da rede pública.
Em fase piloto, o programa Aprender Valor começará a ser implementado nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pará e no Distrito Federal. O objetivo é ensinar os alunos a lidar conscientemente com dinheiro e incutir o hábito de poupar em crianças e adolescentes.
"A educação financeira é determinante na promoção da mobilidade social", afirma Claudia Forte, superintendente da Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil). "O jovem que aprende educação f nanceira na escola começa a planejar desde cedo a faculdade, um intercâmbio ou a casa própria", diz.
Antes associada à investidores e traders, a educação financeira vem se popularizando no Brasil em todas as classes sociais.
Na última segunda-feira (13), o programa Encontro, da TV Globo, apresentou um quadro com a administradora de empresas e influencer Nath, que nas últimas semanas ganhou destaque nas redes sociais com sua proposta de ensinar conceitos de educação financeira para pessoas de baixa renda. O canal dela no YouTube, Finanças com Nath, já tem mais de 41 mil inscritos.
Ainda assim, a tarefa enfrenta obstáculos palpáveis em um país onde a renda média de 60% dos trabalhadores é inferior a um salário mínimo. Segundo o IBGE, esse percentual recebeu, em média, R$ 928 mensais em 2018.
Políticas públicas
"Nenhuma iniciativa isolada é suficiente para mudar a realidade de um país; precisamos de educação financeira junto a outras políticas públicas de trabalho e renda", pondera Claudia.
Em seus esforços para educar financeiramente os brasileiros, a AEF-Brasil lida com diversos setores da população, incluindo aposentados de baixa renda e mulheres assistidas pelo Bolsa Família.
"Após passarem por oficinas, esses dois públicos conseguiram ter uma visão de seus gastos e também conseguiram poupar", conta Claudia. "É um exemplo que a educação financeira funciona em todos os públicos e etapas da vida", afirma.
Para a especialista, o mais importante nessa conscientização é que o indivíduo incorpore novos hábitos para que seja capaz de vislumbrar o seu futuro. "A educação financeira torna o cidadão mais independente, mais autônomo e mais consciente dos processos de tomada de decisão", afirma.
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