O governo israelense lançou o que chamou de "ataques preventivos" contra o Irã, em meio ao acirramento das tensões no Oriente Médio, e alertou sua população para uma retaliação com "mísseis e drones" vindos do território iraniano. A ofensiva foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do Irã, que classificou os bombardeios israelenses como "atos de agressão" e afirmou que "não hesitará em defender sua soberania com toda a força necessária".
A ação iraniana ocorre após uma das maiores operações militares israelenses contra o país, que envolveu 200 aeronaves e atingiu cerca de 100 alvos estratégicos, incluindo instalações nucleares e centros militares. Entre os mortos confirmados estão lideranças militares e cientistas nucleares. Uma das vítimas, segundo a mídia estatal iraniana, uma das vítimas é o Comandante da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), Hossein Salami.
Teerã responsabilizou os Estados Unidos pela escalada: "O governo americano, como principal apoiador desse regime [Israel], também arcará com as consequências", afirmou a chancelaria iraniana.
Governo Iraniano
Em discurso oficial, o aiatolá Khamenei prometeu que Israel "deve esperar punição severa". O governo iraniano também afirmou que o ataque às instalações nucleares de Natanz — confirmado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) — "representa uma violação grave da soberania e da paz regional".
Israel afirmou que a operação — batizada de Leão em Ascensão — poderá continuar, dependendo da reação de Teerã. A escalada ocorre a dois dias da retomada das negociações nucleares entre EUA e Irã, previstas para domingo (16) em Omã.
Mercado financeiro
A escalada militar já provoca reflexos nos mercados: o petróleo chegou a disparar 13%, após atenuar alta para 7%, e bolsas globais operaram em queda, refletindo o temor de um conflito mais amplo no Oriente Médio.
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