Apoiar apenas um candidato a governador e a presidente não deve ser a marca de campanha de alguns dos concorrentes para uma vaga na Câmara dos Deputados. De olho no alcance de dobradas com nomes da região, políticos indicam que podem ir contra a decisão das direções estaduais para garantir os acordos locais.
O caso mais evidente é o do PSD, partido comandado pelo ex-ministro Gilberto Kassab, e que anunciou o apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos), nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), para a disputa do governo do estado.
Apesar disso, a sigla na região tem quadros que irão dobrar com nomes como a deputada federal Bruna Furlan (PSDB), que fará campanha em apoio à reeleição de Rodrigo Garcia (PSDB).
Bruna, que disputará a vaga de deputada estadual, irá dobrar em Barueri com o ex-deputado federal Milton Monti (PSD). Além dele, tem feito reuniões ao lado de Silvinho Filho (PSD), na cidade vizinha de Santana de Parnaíba. Bruna também deve dobrar com Marcos Pereira (Republicanos), deputado do mesmo partido de Tarcísio.
Sem restrições
Monti, que tem enfatizado a atuação em Barueri, minimiza o impacto da decisão da direção estadual do PSD e diz que o cenário está previsto pelos dirigentes da sigla. "O PSD deixou um cenário sem restrições ou punições. Não impôs nada, sem penalidades", afirma.
"Em relação às minhas dobradas com a Bruna, serão junto sempre com o Rodrigo Garcia. A Bruna tem outras dobradas, estas coisas são normais", ressaltou o político que também tem atuação no interior do estado. "Eu posso ter até um material ou outro no interior com o Tarcísio, mas não com a Bruna junto. Com ela será sempre com Garcia", enfatizou.
O PSD fechou acordo com Tarcísio e conseguiu a vaga de vice, com o ex-prefeito de São José dos Campos, Felicio Ramuth (PSD).
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